Cerca de 33% das
mulheres europeias já sofreram violência física ou sexual. Apenas uma em cada
três vítimas denunciaram as agressões. Estes são alguns dos dados revelados
pelo mapa da violência de género, delineado por um estudo realizado na União
Europeia e publicado este ano. Os dados são a expressão estatística de um
problema denunciado pelo próprio estudo como um “vasto abuso dos direitos
humanos que a União Europeia não pode ignorar”.Para trazer à luz a gravidade da
situação, a Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA) realizou
uma pesquisa com 42 mil mulheres dos 28 países da União Europeia (UE). Um terço
das europeias entre 18 e 74 anos (cerca de 62 milhões) já sofreu algum tipo de
abuso físico, uma em cada dez já foi agredida sexualmente e, uma em cada 20, já
foi violentada pelo menos uma vez na sua vida.Apesar desses dados assustadores,
a FRA assinala que apenas 14% das mulheres que sofreram violência de género denunciaram as agressões sofridas à polícia. “Muitas mulheres não denunciam as
suas experiências de abuso para as autoridades, assim a maior parte da
violência cometida contra as mulheres segue desconhecida e, dessa maneira, os
criminosos não são combatidos”, advertiu o diretor da FRA, Mortem Kjaerum, na
sede em Viena, a capital da Áustria.(…) Os
casos vão desde empurrões ou socos, até queimaduras e estrangulamentos. Em
cerca de 67% dos casos nos quais a agressão ocorreu fora do casal, o agressor
era um homem. Índice que dispara para 97% quando o abuso é o sexual.Ainda que a
violência e os abusos sejam físicos ou psicológicos, cometidos entre o casal ou
no ambiente de trabalho, e caracterizem um problema em toda a UE, o informe
indica grandes diferenças entre os países. A percentagem de mulheres que
afirmam ter sido vítima de violência física ou sexual a partir dos 15 anos de idade por um parceiro, atual ou antigo, é de 52% na Dinamarca, de 47% na
Finlândia e de 46% na Suécia. Holanda (45%), França (44%) e Reino Unido (44%)
são os países onde um maior número de mulheres reconhece ter sido vítimas de
violência. Polónia (19%), Áustria (20%), Croácia (21%), Chipre (22%) e Espanha
(22%) são, ao contrário, os integrantes da UE com os menores índices.
Uma em cada cinco
mulheres não sabe nem sequer aonde poderia se dirigir em busca de ajuda.A FRA
enfoca não apenas a violência no âmbito familiar, mas insiste que o fenómeno é
encontrado em “em todas as partes, todos os dias”. Assim, cerca de 45% das
mulheres europeias afirmam ter sido objeto das formas mais duras de assédio
sexual, como toques e apalpadas, brincadeiras ofensivas ou receberam algum
material pornográfico. Mais de um terço das vítimas assegura ter sofrido essas
agressões no ambiente de trabalho, por parte de seus chefes, colegas ou
clientes. Quanto maior é a responsabilidade profissional e o grau de formação académica, também é maior o risco de ser objeto desse tipo de ofensa sexual,
afirma a FRA.Neste panorama de violência, ninguém fica a salvo, nem sequer as
grávidas. Cerca de 42% das mulheres que sofreram agressão por um conjugue,
continuaram sofrendo maus-tratos durante o período em que esperavam um
bebê.Cerca de 12% das meninas europeias já sofreram algum tipo de abuso sexual.(…)
Até quando este
flagelo,mulheres? Denunciem e não tenham medo desses machistas sem escrúpulos e
que só pensam em atingir os mais frágeis.Há mulheres que não deixam esses
brutamontes,porque muitas vezes vêm com palavrinhas mansas” nunca mais
faço…adoro-te…).Tudo mentira.TUDO!Coloquem a vossa auto estima bem cá em
cima,ok? E sejam corajosas.Nada justifica uma agressão.Não se esqueçam que
existe também, a agressão psicológica e os homens são peritos nesse tipo de
agressão.
ESTÁ NA HORA! BASTA!
Linha
de emegência de Apoio à vítima: 144
Beijinho doce