junho 23, 2015

ESPÍRITO DA LOBA

E nada melhor que um bom livro, para meditar e refletir… Faz tempo que Vem Sonhar Comigo anda a lê-lo e recomendou-me que fizesse o mesmo.
“A fauna silvestre e a mulher selvagem são espécies em risco de extinção.(…)
O título do livro, Mulheres que correm com os lobos,mitos e histórias do arquétipo da Mulher Selvagem, foi inspirado em meus estudos sobre a biologia de animais selvagens,em especial os lobos.Os estudos de lobos Canis Lupus e Canis rufus são como a história das mulheres, no que diz respeito à sua vivacidade e à sua labuta.(…)
  Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum:percepção aguçada,espírito brincalhão e uma elevada capacidade para a devoção.Os lobos e as mulheres são gregários por natureza,curiosos, dotados de grande resistência e força.São profundamente intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes,seu parceiro e sua matilha.Têm experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação.Têm uma determinação feroz e uma extrema coragem. No entanto as duas espécies foram perseguidas e acossadas,sendo-lhes falsamente atribuído o fato de serem trapaceiros e vorazes, excessivamente agressivos e de terem menor valor que os seus detratores.Foram alvo daqueles que preferiam arrasar as matas virgens bem como os arredores selvagens da psique,erradicando o que fosse instintivo,sem deixar que dele restasse nenhum sinal.A atividade predatória contra os lobos e contra as mulheres por parte daqueles que não os compreendem é de uma semelhança surpreendente. (…)
  A mulher selvagem carrega consigo os elementos para a cura;traz tudo o que a mulher precisa ser e saber.Ela carrega histórias e sonhos,palavras e canções,signos e símbolos.Ela é tanto o veículo quanto o destino.
 Aproximar-se da natureza instintiva não significa desestruturar-se,mudar tudo da esquerda para a direita,do preto para o branco,passar do oeste para o leste,agir como louca ou descontrolada.Não significa perder as socializações básicas ou tornar-se menos humana.Significa exatamente o oposto.A natureza selvagem possui uma vasta integridade.Ela implica delimitar territórios,encontrar nossa matilha,ocupar nosso corpo com segurança e orgulho independente dos dons e das limitações desse corpo,falar e agir em defesa própria,estar consciente,alerta,recorrer aos poderes da intuição e do pressentimento inato às mulheres,adequar-se aos próprios ciclos,descobrir aquilo a que pertencemos,despertar com dignidade e manter o máximo de consciência possível.(...).”
Vou pegar nesse livro e ler, mais uma vez para entender melhor…


In  Clarissa Pinkola Estés, “Mulheres que correm com os lobos”