E nada melhor que um bom livro,
para meditar e refletir… Faz tempo que Vem Sonhar Comigo anda a lê-lo e
recomendou-me que fizesse o mesmo.
“A fauna silvestre e a mulher
selvagem são espécies em risco de extinção.(…)
O título do livro, Mulheres que
correm com os lobos,mitos e histórias do arquétipo da Mulher Selvagem, foi
inspirado em meus estudos sobre a biologia de animais selvagens,em especial os
lobos.Os estudos de lobos Canis Lupus e Canis rufus são como a história das
mulheres, no que diz respeito à sua vivacidade e à sua labuta.(…)
Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características
psíquicas em comum:percepção aguçada,espírito brincalhão e uma elevada
capacidade para a devoção.Os lobos e as mulheres são gregários por
natureza,curiosos, dotados de grande resistência e força.São profundamente
intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes,seu parceiro e sua
matilha.Têm experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação.Têm
uma determinação feroz e uma extrema coragem. No entanto as duas espécies foram
perseguidas e acossadas,sendo-lhes falsamente atribuído o fato de serem
trapaceiros e vorazes, excessivamente agressivos e de terem menor valor que os
seus detratores.Foram alvo daqueles que preferiam arrasar as matas virgens bem
como os arredores selvagens da psique,erradicando o que fosse instintivo,sem
deixar que dele restasse nenhum sinal.A atividade predatória contra os lobos e
contra as mulheres por parte daqueles que não os compreendem é de uma
semelhança surpreendente. (…)
A mulher selvagem carrega consigo os elementos para a cura;traz tudo o
que a mulher precisa ser e saber.Ela carrega histórias e sonhos,palavras e
canções,signos e símbolos.Ela é tanto o veículo quanto o destino.
Aproximar-se da natureza instintiva não
significa desestruturar-se,mudar tudo da esquerda para a direita,do preto para
o branco,passar do oeste para o leste,agir como louca ou descontrolada.Não
significa perder as socializações básicas ou tornar-se menos humana.Significa
exatamente o oposto.A natureza selvagem possui uma vasta integridade.Ela
implica delimitar territórios,encontrar nossa matilha,ocupar nosso corpo com
segurança e orgulho independente dos dons e das limitações desse corpo,falar e
agir em defesa própria,estar consciente,alerta,recorrer aos poderes da intuição
e do pressentimento inato às mulheres,adequar-se aos próprios ciclos,descobrir
aquilo a que pertencemos,despertar com dignidade e manter o máximo de
consciência possível.(...).”
Vou pegar nesse livro e ler, mais
uma vez para entender melhor…
In Clarissa Pinkola Estés, “Mulheres que correm
com os lobos”