Olá a todos: informo que andei a ver os comentários dos meus blogs e certificar-me quais os amigos que ainda giram na blogosfera. Vejo que muitos deixaram de postar e fiquei triste. Penso que o mundo da escrita e fotografia e outras similares é bem mais interessante que os perfis sociais. Não quero dizer que não se vá lá, mas deixar este mundo que nos une, é bem melhor.Aprende-se, motiva-nos a escrever e a comentar, bem como refletir. Espero que os que estão continuem e os outros venham ter connosco.Seria uma maravilha!
Tenho os links dos vossos blogs aqui no Sonhar. Deu uma trabalheira, mas já andava há muito tempo para fazer isso. Vocês merecem...sem dúvida. Passemos a mensagem, ok? Pode ser? Vamos reanimar os blogs?
Beijinho doce a todos e União entre nós:)))
Aqui está muito lindo.Ora vejam:
http://leaosemselva.blogspot.pt/2016/08/vale-do-omo.html
Sonhar é viver e é amar...Vem ao meu encontro,para sonharmos e amarmos...Vem...Só...Dá-me a tua mão...RENOVEMOS E ACARICIEMOS A VIDA,POIS ELA SORRI-NOS
agosto 26, 2016
RETORNEM
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agosto 17, 2016
SONHAR
Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Disseram.
Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.
Por quê
Esperar?
Tudo é
Sonhar.
Fernando Pessoa in "Cancioneiro"-Citador
A pedido de "Vem Sonhar Comigo "aqui está o que ela enviou. A música foi escolhida, igualmente,pela sonhadora.
Beijinho doce:) para todos
Música: Sir Cliff Richard-atualizado
Música: Sir Cliff Richard-atualizado
agosto 11, 2016
INVEJA /EGOISMO
“A
inveja é uma admiração que se dissimula. O admirador que sente a
impossibilidade de ser feliz cedendo à sua admiração, toma o partido de
invejar. Usa então duma linguagem diferente, segundo a qual o que no fundo
admira deixa de ter importância, não é mais do que patetice insípida,
extravagância. A admiração é um abandono de nós próprios penetrados de
felicidade, a inveja, uma reivindicação infeliz do eu. “
Soren
Kierkegaard, in "O Desespero Humano"( fonte: Citador)´
Quando
era miúda diziam-me que a “preguiça era a mãe de todos os males”.
Hoje
tenho a certeza que a inveja, a par com o egoísmo, são os grandes pais de todos
os males.
Beijinho doce
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agosto 03, 2016
E ASSIM FALOU...
“Nietzsche no livro "Assim
falava Zaratustra" dá voz àquele que desejou existir: "o
super-homem". O super-homem é precedido por Zaratustra e por todos os mortais.
Nietzsche considera que “deus está morto", mas algo semelhante é capaz de
ser criado. Essa criação fundar-se-ia no super-homem, onde um homem supremo
viria revolucionar o mundo do comum dos mortais.Zaratustra, a personagem que
precede o super-homem, vive numa caverna e dela, um dia, resolve sair. Após
essa saída introduz aos homens, a si mesmo, e às coisas, um discurso superior
que, além da super-crítica que faz acerca dos homens, também fala do outro (o
super) que poderá existir.
Pouco fica por generalizar e
comentar nos discursos de Zaratustra; evidencia a liberdade que os homens podem
ter e não exercem apenas por medo; Assim, nos discursos, existe a revelação de
que os homens não foram apenas a imagem histórica que as instituições
procuraram transmitir. Os homens também foram um ser livre, ou tentaram…
Excerto
«O ideal na minha opinião seria
olhar a vida sem qualquer desejo, e não deixando pender a lingua como um cão, seria
ser feliz na contemplação, pura, estranho às contendas e à avidez do egoísmo,
ser, dos pés à cabeça, frio e pardo como a cinza, mas com olhos embriagados e
lunares. O que eu preferia, sugere a si próprio o espírito iludido, seria amar
a terra com um amor lunar e só com os olhos aflorar a beleza. E aquilo a que eu
chamaria o Imaculado Conhecimento de todas as coisas, seria nada pedir às
coisas, antes apresentar-lhes um espelho de cem faces» Ó sentimentais
hipócritas! Ó libidinosos! Falta-vos a inocência do desejo, e por isso
chegásteis a caluniar o desejo. Em verdade, não é como criadores, como
procriadores, como amigos do devir, que amais a terra. Onde reside a inocência?
Onde há vontade de engendrar? E aquele que criar o que o ultrapassa é, a meus
olhos, aquele cujo querer é mais puro. Onde reside a beleza? Onde todo o meu
querer me obriga a a querer; onde quero amar e perecer para que uma determinada
imagem se não mantenha unicamente uma imagem. Amar e perecer; há eternidades
que as duas palavras vão juntas. Querer amar, é aceitar mesmo a morte. Eis o
que tenho a dizer-vos, ó poltrões! E para cúmulo, eis que os vossos enviazados
olhares de castrados pretendem ser «serenidade»! E ainda dizeis que deveria ser
chamado «belo» o que se abandona ao aflorar dos olhos cobardes! Ó profanadores
das palavras nobres! Mas o vosso castigo, espíritos imaculados, puros
contempladores, é que jamais dareis à luz, por mais amplos, por mais maduros que
vos mostreis no horizonte. Em verdade, tendes sempre na boca grandes frases;
pretendeis fazer-nos acreditar que o vosso coração está cheio a transbordar, ó
mentirosos! Quanto a mim, contento-me com palavras humildes, desprezadas,
tortas; de boa vontade apanho o que cai da mesa dos vossos banquetes. Mas,
mesmo com este pouco, ainda vos posso dizer a verdade hipócritas. Com as minhas
espinhas, as minhas conchas e os meus espinhos, posso, ó hipócritas, picar-vos
o nariz. Ao vosso redor, ao redor dos vossos banquetes, o ar está sempre
empestado, pois os vossos pensamentos impuros, as vossas mentiras e os vossos
mediocres mistérios contaminam a atmosfera. Ora ousai acreditar um pouco em vós
próprios e no que tendes no ventre! Quem não acredita em si próprio, mente. A
vossos próprios olhos, espíritos «puros», vos ocultais sob a máscara de um
deus, e em vós se dissimula, sob a máscara de um deus, o mais horrível dos
vermes. Em verdade, sois capazes de criar a ilusão, ó «contemplativos»! Também
Zaratustra se deixou outrora iludir pelas vossas pelagens divinas; não
adivinhava que horrível nó de víboras os habitava. Julguei ver, outrora,
brincar nos vossos olhos uma alma divina, ó adeptos do conhecimento «puro».
Nesse tempo, não conhecia a arte superior dos vossos artifícios. A distância
escondia-me a imundície e o cheiro nauseabundo da serpente, e esse estratagema
do lagarto que ali se introduzia em busca do prazer. Mas aproximei-me e fez-se
luz, como agora se faz também para vós; e logo terminaram esses amores lunares.
Vede o ar envergonhado e pálido que a lua toma perante a aurora! Pois eis a
aurora que aparece já, ardente; vem cheia de amor pela terra. O amor do sol é
sempre inocência e desejo criador. Olhai-o, acorrendo impaciente de além dos
mares. Não sentis a sede e o hálito ardente do seu amor? Ele quer beber o mar e
até aspirar toda a sua profundidade, e o desejo do mar segue para ele os seus
milhares de seios. Quer ser beijado e aspirado pela sede do sol; quer tornar-se
brisa e altura e caminho para a luz; e luz ele próprio. Em verdade é com um
amor solar que amo a vida e todos os mares profundos.
E eis em que para mim consiste o Conhecimento:
em aspirar tudo o que é profundo até à minha própria altura.”
In Citador
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agosto 02, 2016
O PREÇO DA INDEPENDÊNCIA
"Ser
independente é uma questão que diz respeito a uma muito restrita minoria: - é
um privilégio dos fortes. Quem a tanto se abalançar, mas sem ter necessidade,
ainda que tenha todo o direito a isso, prova desse modo que provavelmente não
só é forte, mas também audacioso até à temeridade. Mete-se num labirinto,
multiplica ao infinito os perigos inerentes à própria vida; e o menor desses
perigos não está em que ninguém veja como e onde se perde, despedaçado na
solidão por qualquer subterrâneo Minotauro da consciência. Supondo que um tal
homem pereça, o facto estará tão distante do entendimento dos homens que estes
não o sentem, nem o compreendem: - e ele já não pode regressar! Não pode sequer
regressar à compaixão dos homens!"
Friedrich
Nietzsche, in "Para Além de Bem e Mal"
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